Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus
de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação,
para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação
com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os
sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim
também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.
2Coríntios
1.3-5
Queridos
irmãos, amigos, nossos cooperadores,
Temos,
nos últimos tempos, sentido o peso do ministério nos ombros. Estamos com
saudades da família, cansados pelas lutas, aflitos pela impotência de nossas mãos
e de nossa obra, inseguros pelo desafio financeiro pelo qual nossos
mantenedores então passando. Deixamos tudo pra trás, abrimos mão, para que o
nome de Cristo fosse conhecido no Japão. Viemos suprir uma necessidade do
campo, nós, imperfeitos e pecadores, viemos com a missão de refletir a glória
de nosso Senhor. Nos deparamos dia a dia com o tamanho da obra a ser feita e
com a nossa impotência e pequenez.
Mas essa não é uma carta triste nem mesmo desesperançada. Essas palavras de Paulo aos coríntios trazem grande conforto ao nosso coração. Sim, somos pequenos, estamos cansados, mas fomos chamados e trazidos ao campo para trazer a mensagem do Senhor do universo, Deus que reina acima de todas as coisas! Sim, somos incapazes e imperfeitos, mas a obra é dele. É ele que faz a obra, é ele quem convence do pecado, é ele quem chama, é ele quem faz! Sempre temos dito, olhem para nós, mas não olhem pra nós! Olhem pra Cristo, para perfeição dele, para a glória da beleza dele. Nós somos apenas imitadores de Cristo, miseráveis pecadores que buscam servir e obedecer a um Deus perfeito e todo santo. Olhem para graça de Cristo manifestada em nossa vida imperfeita. Olhem para nós e veja a grandeza de Cristo ao usar vasos quebrados que somos!
As lutas
naturais de cada pastor começam a se apresentar agora, no momento em que a
igreja cresce. Temos sido fortalecidos na palavra do Senhor e fiéis na
administração dessa palavra e dos sacramentos. Lutas internas e externas nos
levam a um vigiar mais constante na presença de Deus. Peço que os irmãos orem,
sobretudo para que nossa família guarde o coração e a nascente igreja persevere
na unidade da fé. “Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e
se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia” (2Tm
4.10).
Estamos
alegres porque conseguimos alcançar japoneses em nossa igreja. Três deles estão
estudando a Bíblia regularmente. Alugamos mais uma sala no prédio onde nos
reunimos para acomodar mais uma sala de escola dominical, em japonês. Pensávamos
que nosso primeiro passo seria uma classe em inglês para depois avançar para o japonês,
mas Deus tinha algo diferente em mente. Aleluia!
Esse ano temos diversas coisas acontecendo em nossa igreja.
Por causa da parceria que temos com a Orthodox
Presbyteryan Church, vamos ter o privilégio que hospedar um evento com o
Dr. George Scipione, onde será abordado o assunto da Depressão. Todos sabem que
o Japão é extremamente assolado por esse problema. Dr. George Scipione é autor
de diversos livros, professor de Teologia Aplicada do Reformed Presbyterian Theological Seminary, em Pittsburgh, PA desde 2008. Recebeu o Ph.D. em
1996, pelo Whitefield Theological
Seminary. Já foi diretor do CCEF e do Institute
for Biblical Counseling and Discipleship. A palestra será em inglês e
traduzida para português e japonês. Uma grande alegria para nós.
Em abril eu irei até a Nova Zelândia atender um convite do
Reverendo João Petreceli, para ministrar aulas no Seminário que ele mantém e
também pregar na igreja.
Mês de abril também será desafiador para nossa caçula, Ruth.
Ela ingressará em uma nova etapa escolar, mudará de escola. Aos olhos japoneses
é a transição da infância para a adolescência. As responsabilidades dela
crescerão, agora não terá mais tradutor na escola e terá de caminhar sozinha
pelos estudos na língua japonesa. Ela está temerosa, mas confiante!
Em maio teremos nosso acampamento para a família da igreja. Será
nos dias 4, 5 e 6 de maio, no Camp
Raphayada, em uma cidade vizinha à nossa. Nessa ocasião, receberemos o irmão
David Portela, missionário no Camboja, para ministrar palestras.
Estamos novamente em busca por um
novo lugar de reuniões. Queremos diminuir os custos com isso. Hoje alugamos o
espaço no CBI por quatro horas, aos domingos. O valor que pagamos mensalmente é
mais do que o necessário para alugarmos um prédio só para nós, o qual poderemos
usar durante todos os dias, possibilitando a continuação e implementação de
novas partes de nosso projeto. Temos a dificuldade de que, embora a mensalidade
seja mais em conta, é necessário uma luva para a entrada, a qual geralmente
custa três meses de aluguel adiantado. Queridos,
orem conosco por esse desafio!
No mês de julho participaremos do estágio em campo
transcultural, requerido pela APMT e em agosto passaremos uma temporada no Brasil,
visitando igrejas, renovando laços e conhecendo novos parceiros.
Queridos, estamos em dificuldades financeiras, precisamos de
novos cooperadores para que possamos estar tranquilos quanto às nossas
finanças. O custo de vida é alto e não queremos nos distrair do trabalho de
tempo integral com outros trabalhos, além das aulas de inglês que já estou
ministrando. Temos gasto com a educação dos filhos, com os seguros e impostos
obrigatórios, com os aluguéis, transporte, alimentação e vestuário e a cada mês
temos nos virado para dar conta de permanecermos aqui. Essa semana nosso pneu
estourou enquanto estávamos na auto estrada. Demos graças a Deus pelo
livramento de acidente, mas agora precisamos repor os quatro pneus! Nossa
agência tem sido extremamente generosa conosco e nos ajudado até mais do que pode.
Vários irmãos têm se levantado para nos ajudar na causa do Japão, mas ainda
estamos bem aquém do que necessitamos. Por favor, nos ajude nesse desafio,
orando e divulgando o trabalho aqui.
Termino com as palavras de Paulo:
não
dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não
seja censurado. Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como
ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas
angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas
vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade,
no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de
Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas; por honra e
por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo
verdadeiros; como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se
estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não
mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a
muitos; nada tendo, mas possuindo tudo. Para vós outros, ó coríntios,
abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração.
2Co 6.3-10
Pr. Daniel e família